domingo, janeiro 17, 2016

Dresden

Foto: Ana Oliveira

Há 7 meses e alguns dias, chegávamos a Dresden, nossa primeira parada numa viagem meio longuinha pelas terras do mundo do lado de lá.
Nossa estratégia para chegar à bela cidade às margens do Elba, já foi contada aqui, mas repito em edição revista e ampliada:
Voamos de São Paulo a Paris com a Air France. Escolhemos assentos mais confortáveis, aqueles pelos quais a gente paga uma taxa a mais, mas o voo foi bem cansativo.

Em Paris, demos uma voltinha no aeroporto, tomamos um café e pegamos uma conexão para Berlim.
 
Em Tegel, o aeroporto de Berlim, pegamos um ônibus que nos deixou na frente da Estação Central, onde almoçamos, guardamos a bagagem maior no maleiro, fizemos hora - muitas - filando o wifi do McDonald's e pegamos o trem para Dresden, cuja passagem já havíamos comprado por um precinho bem camarada aqui no Brasil, no site da ferrovia alemã, a DB. Entre nossa saída de casa até a chegada ao hotel Ibis Budget Dresden City, foram quase 30 horas. Ufa!

O hotel foi uma ótima escolha: bom preço, acomodações padrão Ibis e boa localização. De lá fizemos quase tudo a pé, até ir e voltar para a estação de trem. E quando fomos à Neustadt para visitar a simpática Kunsthofpassage, pegamos o tram ali bem pertinho também.

As notícias que tínhamos da temperatura naquela região nos diziam que fazia calor por lá. Assim, levamos apenas nossos casacos impermeáveis, para o caso de uma chuvinha de verão... Rá! Além do frio que passamos na estação de Berlim, chegamos a Dresden com chuva e mais frio. Saímos no dia seguinte para comprar blusas mais quentinhas. E elas nos ajudaram mais algumas vezes durante a viagem.

Passamos dois dias por lá, nos encantando com torres, igrejas, castelos, ruas, ruelas, praças, parques, rio, pontes, a cada olhar uma exclamação, um espanto.

Procissão dos Príncipes

À primeira vista, não vimos o obrigatório Fürstenzug, um mural que mostra um desfile de príncipes, reis e duques da Saxônia, sobre o qual havíamos lido em vários posts, antes da viagem. Mas foi só um passeiozinho a mais e lá estava ele. Mais de cem metros cobertos com cerca de 24.000 azulejos. Uma verdadeira Procissão dos Príncipes, como é chamado.

Detalhes (Fotos: Ana Oliveira)

Pra quem quiser saber detalhes sobre o Fürstenzug, recomendo a leitura desse post do Viajoteca, que conta tudinho sobre o mural.

Andando pra lá e pra cá, fomos parar atrás do Fürstenzug, num pátio bem bonito, que, por estar quase vazio naquele momento, nos pareceu ser uma descoberta nossa. Que nada! O lugar também é famosinho, é o Stallhof, um antigo pátio de estábulos do Residenzschloss, o Palácio Real de Dresden.

Foto: Ana Oliveira

Chegamos ali quando voltávamos de um lugarzinho delicioso, onde fomos mais de uma vez. É o Camondas. Vale sentar ali de frente pra rua e degustar um cafezinho com chocolate, enquanto vê a vida passar lá fora. Deixo o mapa pra vocês saberem onde é e fotos pra dar água na boca:




Camondas Schocoladen, nós recomendamos!

 A verdade é que Dresden é linda. E pra mim, que sou apaixonada por torres, foi um luxo. Fiz até um álbum caprichado com as torres que fotografei por lá. Olhaí, é só clicar aqui pra ver tudinho, fotos e informações.

Aqui tem mais algumas fotinhos, postadas nas redes sociais, no calor da hora.

E aqui eu já contei sobre os momentos musicais que vivemos por lá.

É ou não é um destino imperdível?

domingo, janeiro 10, 2016

Motovun

Motovun - Foto: Ana Oliveira

Ano passado estivemos na Croácia, estão lembrados?

Já contei umas poucas coisas aqui e fiquei devendo outras, muitas.

Aí vai mais uma:

Hoje, depois do almoço, Ana desencavou uma lembrancinha de viagem deliciosa: nossa sobremesa  foi regada a mel aromatizado com trufas brancas, trazido diretamente de Motovun.

Eu não sei como se chega a Motovun numa viagem independente. Mas para nós, que viajávamos num grupo, com guia e ônibus particular, foi quase fácil. 

Vínhamos de Pula, a maior cidade da região, e tínhamos como destino a pequena cidade medieval, construída quase 300m acima do nível do mar. Nossos gurus - Mário, o motorista e Tin, o guia - tiveram um pouquinho de dificuldade com o caminho para chegar à base da colina onde está a cidade, mas, com algumas idas e vindas, chegamos.  


Nosso ônibus não era muito grande, mas não tinha permissão para subir. Usamos o transporte local e num instante estávamos debruçadas sobre muros do século XIII admirando a paisagem do vale do Rio Mirna.

Foto: Elena Noguchi

Mas, além da bela vista e das construções históricas, mais um motivo nos levou a Motovun: comer uma bela macarronada temperada com trufas no restaurante do hotel Kaštel.


Sim, estávamos em plena temporada das trufas.

As ladeiras inclinadas e pedregosas que separavam o ponto do ônibus do restaurante cheiravam a trufas. Cada lojinha tinha seu cantinho de degustação para atrair os passantes. 

Foto: Elena Noguchi

Tin nos levou direto ao restaurante. As compras ficaram pra volta.

O Kaštel não é assim uma Brastemp, mas estava incluído no nosso pacote e o prato prometido tinha lá o seu encanto, principalmente para quem nunca tinha provado a trufa da região.


Depois do almoço, tivemos tempo pra exercer aquela atividade de turista que não pode ver uma lojinha de produtos locais: entramos em todas, provamos tudo o que nos ofereceram e compramos algumas coisinhas.

Na nossa malinha vieram um vidro com duas belas trufas negras e um potinho de mel com lasquinhas de trufa branca.


Usamos das trufas negras para temperar um macarrão feito em casa - pela Ana, claro! - usando mais uma lembrancinha de viagem: rolos de massa especiais, trazidos de Alberobello.


E o melzinho adoçou a mandioca cozida que comemos hoje depois do almoço.