domingo, outubro 13, 2013

Segredos da Islândia - de Húsavík a Reydarfjördur

Sim, era verão! Mas a meteorologia prognosticava um dia frio e nublado... Nossa programação incluía percorrer a estrada mais alta da Islândia com paradas para fotografar belas paisagens. Difícil, né? Foi então que o guia veio com a proposta de cancelar essa parte da programação. Segundo ele, esse trajeto de cerca de 100 km não teria grande proveito com o dia cinza que se anunciava. Em troca, ele nos prometeu alguns pequenos extras. Diante da inegável sensatez da proposta, o grupo concordou. Foi uma decisão acertada!
Essa era a programação para aquela 4a. feira fria:


Começamos pelo Museu da Baleia. Bom pra quem gosta de museus e de história natural. Dei uma voltinha entre os esqueletos de baleia e fui até a igreja, fotografar o painel da altar que, segundo o guia, foi pintada por um agricultor usando como modelos os rostos de pessoas da comunidade. Foi bom, porque a programada visita à igreja não aconteceu... 
(Bateu curiosidade? Tá lá no álbum de fotos, mas não ficou grande coisa.... Dá uma passadinha lá, depois.)
De Húsavík seguimos para o Cânion Ásbyrgi, a uns 60k m da cidade. Muita pedra, água, vegetação, mirantes, patinhos, uma chuva fininha e... frio!
Caniôn Ásbyrgi
Foto: Ana Oliveira
Tão frio e chuvoso, que tivemos que abrir nossas cestas de pic nic dentro do ônibus, na hora do almoço. E nesse dia tínhamos até uma cervejinha dinamarquesa Tuborg.  \o/  Mas era light, viu?
Trinta quilômetros depois, chegamos àquela que é considerada a mais poderosa cachoeira da Europa, com cerca de 100 m de largura e 44 m de altura: a Dettifoss. Um portento! Olha só:
Mais 30 km e estávamos em Mödrudalur para um chocolate quente no Fjallakaffi. Estávamos oficialmente desviando daquela estrada cheia de belas paisagens que constava do programa... Mas a compensação veio em seguida: ali naquela região havia uma toca de raposinhas do ártico. Ficamos um tempão "caçando" os animaizinhos. Tão lindos! Depois o guia nos contou que em breve elas seriam mortas pelos donos da terra, uma vez que se alimentam de pequenos animais, o que representa um risco para as criações das fazendas locais. Ô dó!
Seguimos então para a última parte da nossa jornada daquele dia, rumo a Seydisfjördur.
A estrada, que não era aquela mais alta da ilha, era provavelmente uma das mais bonitas. Serpenteava pelos fiordes do leste mostrando, ora aqui ora acolá, pequenas cachoeiras, córregos singelos, vegetação verdinha e até um arco-íris.
E foi assim que, ao final da tarde, chegamos à adorável Seydisfjördur, a cidade que elegemos como a mais lindinha da viagem.
É ali que desembarcam os viajantes que vêm de barco desde a Dinamarca. E nos dias de chegada do barco, a pequena Seydisfjördur fica movimentada.
Aquela quarta-feira era um desses dias... 
Por conta disso, os simpáticos hotéis da cidade estavam lotados. A Iceland Tourism tinha alguns quartos reservados no Hótel Aldan, que está instalado numa centenária agência bancária da cidade e no Hótel Snaefell ambientado numa histórica casa de madeira, onde antes funcionou a agência dos correios. Mas essas reservas não eram suficientes para todos os passageiros e, com a cidade cheia, não houve como aumentar o número de reservas. Resultado: alguns viajantes - nós inclusive -  tiveram que ser remanejados para o acanhado Fjardarhótel Reydarfjördur, na cidade vizinha. /o\
Enquanto nossos companheiros mais sortudos (só dessa vez!) se acomodavam nos hotéis de Seydisfjördur, tivemos tempo de dar uma volta pela cidade. Ficamos encantadas e nos prometemos voltar um dia. E de barco!
Quem faz a travessia é a Smyril Line. O barco sai  de Hirtshals, na Dinamarca à tarde, chega a Tórshavn, nas Ilhas Faroe dois dias depois e aporta em Seydisfjördur na manhã do terceiro dia. Uma aventura e tanto!
Jantamos no Hótel Aldan com o grupo e depois seguimos para  Reydarfjördur, 60 km adiante. 
Durante o caminho, o ônibus começou a dar alguns sinais sonoros. Algo de errado parecia estar acontecendo. Só saberíamos no dia seguinte...

 ***
Fotos dessa etapa da viagem:
As minhas, aqui.
As da Ana, aqui.
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Mais sobre Húsavík, no blog do Ivo Martins, nosso guia: Húsavík - da pesca à observação de baleias
Mais sobre Dettifoss, também no blog do Ivo: Dettifoss- a mais poderosa queda de água da Europa

Ah, tem mais uma coisa que esqueci de contar: no primeiro dia de viagem, recebemos um mapa gigante da ilha, tipo assim 30x50 cm, fora as propagandas que sempre emolduram mapas turísticos... Diariamente, e mais de uma vez ao dia, voltávamos a ele para localizar os pontos por onde íamos passar. Era a hora da aula. No ônibus, abríamos os mapas e ouvíamos as explicações e histórias sempre interessantes que o guia nos contava.

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