sexta-feira, julho 29, 2011

A caminho de Faro

Saindo de Praga, nosso próximo destino seria Faro, no Algarve, sul de Portugal.
Preparar essa travessia foi um dos maiores desafios da viagem. O planejamento foi feito ainda no Brasil e acabou definindo a sequência da viagem até esse ponto.
As empresas aéreas “normais” cobravam tarifas exorbitantes. Pensamos então em usar as low cost.
Voos diretos, nem pensar, para os dias e horários que nos interessavam. Queríamos gastar o mínimo de tempo possível, e tínhamos que estar em Faro na segunda-feira, dia 18 de julho. Ana participaria de um congresso de literatura ali.
Procura daqui, procura dali, ficamos com umas seis opções de itinerários malucos, envolvendo translados de ônibus e avião.  Optamos pelo que nos pareceu mais ”tranquilo” ...
Olha só, que fácil: saímos de Praga no final da manhã de domingo rumo a Milão, pelas asas da Easyjet. De Milão, ainda pela Easyjet, voamos para o Porto. 
Foto: Ana Oliveira
Esse segundo vôo teve um pequeno atraso que, conjugado com a lerdeza do metrô do Porto, quase nos fez perder um encontro já agendado com a poetisa Ana Luísa Amaral. Imaginem que o tal metrô – que na verdade é um trem – tem intervalos de 20 minutos entre as partidas e chegamos à plataforma justo quando estava saindo um trem... 
Mas deu certo. Ana Luísa lamentou o atraso por não poder nos levar a um restaurante à beira-mar, em Leça da Palmeira, onde ela mora. Jantamos na cidade e fizemos um passeio noturno, de carro, à beira do Douro, contemplando uma das mais lindas vistas da cidade. Foi bem bom!

Dia seguinte, cedinho, enfrentamos mais uma vez o tal metrô rumo ao aeroporto para voar até Faro.
Foi nossa estreia na Ryanair. A julgar pelo que tínhamos ouvido falar da companhia aérea mais barata do planeta, esperávamos mais dificuldades. Tudo correu muito bem e chegamos lampeiras a Faro no início do dia 18, conforme o planejado.
Tínhamos reserva de carro com uma obscura locadora, a Air Auto que nos cobrava 132 euros por quatro diárias de locação. Uma pechincha comparada aos quase 400 euros propostos pelas locadoras “oficiais”.
Foi difícil localizar o balcão deles no meio do estacionamento do aeroporto, mas conseguimos. Saímos de lá com um Nissan Micra que foi nosso companheiro durante os dias que passamos na cidade. Demos ao carro o nome de Inácio. Olha ele aí!
Foto: Ana Oliveira

quinta-feira, julho 28, 2011

O pic nic foi bom...

Botando o carro na frente dos bois, vou contando, em tempo quase real, como foi a volta da viagem nesse verão europeu de 2011.
Depois de curtir o último dia em Madri, pegamos as malinhas e seguimos para o aeroporto. Já havíamos consultado o site da Aerolíneas e constatado que o voo não tinha previsão de suspensão por causa das cinzas do vulcão, só tinha um pequeno atraso para a saída, coisa de menos de uma hora.
Ao chegar a Barajas, encontramos uma fila quilométrica nos balcões de check in da Aerolíneas. Quase duas horas depois, quando fomos atendidas, soubemos que o voo, que sairia às 22h, havia sido transferido para o dia seguinte às 8 da manhã. Hã, hã!
Malas despachadas, cartões de embarque emitidos, fomos, por conta da companhia aérea, para o Hotel Meliã, da rede Sol Meliá, um 4 estrelas no meio do nada, com direito a jantar e café da manhã.
Tudo muito organizado, check in rapidíssimo, quarto confortável, wi fi grátis.
Às 5h15 do dia seguinte, atendendo às instruções, todos os passageiros estavam à porta do salão para o café da manhã. Quando o salão foi aberto, houve um oh! geral: não havia cadeiras. As mesas estavam postas para o dobro da sua capacidade normal. No centro de cada uma, uma jarra de suco, outra de leite e um bule de café. Nos balcões, a famosa bolería espanhola: só doces. Nenhum simples pãozinho!
E partimos novamente para o aeroporto.
No acesso ao portão de embarque, uma pequena confusão: o funcionário implicou com a data dos cartões de embarque, que eram do dia anterior. Fomos até o balcão da Aerolíneas mas não havia ninguém ali para fazer a troca dos tais cartões. Voltamos e a exigência já estava esquecida... Coisas da vida!
O voo, que saiu com um pequeno atraso, foi feito num avião enorme.
Atendendo a um pedido de troca de lugares com uma família, acabamos tendo alguma sorte: ficamos com as primeiras poltronas de uma seção. Aquelas onde geralmente viajam mães com crianças. Mais espaço para as pernas, mas impossibilidade de esticá-las...
O trecho Madri/Buenos Aires levou pouco mais de 12 horas. Tivemos direito a um café, um almoço, um filme, outro filme e novamente o primeiro filme...
Chegando a Buenos Aires, nosso roteiro incluia trocar de aeroporto - já tínhamos o voucher do translado em mãos - e esperar o voo das 21h45 para São Paulo, cujos cartões de embarque já estavam conosco. Mas ouvimos insistentes chamados para quem tinha conexão pra São Paulo e achamos que poderíamos estar incluídas. Consultamos quatro funcionários e recebemos quatro informações diferentes. Por fim, estávamos, mesmo listadas para um voo que sairia às 17h15 do mesmo aeroporto, Ezeiza.
E aqui estamos nós, a bordo desse voo.
A última vez que vimos nossas malas foi ontem à noite, em Barajas. Será que elas estão fazendo o mesmo atribulado trajeto que suas donas? Só saberemos mais tarde, na esteira de Guarulhos. Oremos!
*****
Atualizando em 29/07 - 15h 
As malas não vieram. Nós e muitos outros passageiros ficamos com cara de ué na esteira, ainda esperançosos  numa segunda leva de malas, mas que nada!
Apareceu um funcionário da Aerolíneas rindo da gente...
E outro que nos conduziu ao balcão de reclamação de bagagens e se pôs a preencher, manual e lentamente, os boletins de ocorrência. Segundo ele, o próximo voo vindo de Ezeiza chegaria somente hoje, às 14h30. Daí, então, começaria a entrega das malas em domicílio. Isso se nossas malas estiverem mesmo em Bs As. E se elas decidiram ficar mais um pouquinho em Madri? Hum... Aguardem mais notícias!
*****
Atualizando (atrasadinha...) em 10/08 - 22h40
As malas chegaram no dia 30, sábado, no final da tarde, precedidas por um telefonema da Aerolíneas avisando da entrega.
Por onde andaram as danadinhas, não se sabe.
Mas o fato é que chegaram bem, intactas!
Enfim, final feliz!

domingo, julho 24, 2011

Praga,cidade pra voltar um dia

Entre Budapeste e Praga, viajamos pela mesma Orange Ways, mas dessa vez nem tudo funcionou tão bem como na viagem Viena/Budapeste. O ônibus saiu com atraso de 40 minutos e o wifi não funcionava...
Viagem longa. Chegamos a Praga ali pelas 23h30.
Comprar o bilhete do metrô foi a primeira odisseia da noite: não aceitavam cartão de crédito. Enquanto sacávamos as coroas tchecas no terminal do banco, a bilheteria "humana" fechou... e a bilheteria eletrônica não aceitava notas, só moedas. Tempo correndo e a gente nem sabia até que hora o metrô funcionava. Foi preciso correr até um boteco na estação rodoviária integrada - Florenc - e comprar algo pra trocar o dinheiro e conseguir as tais moedas. Conseguimos!
Próximo desafio: qual estação do metrô seria a mais próxima do Roma Hotel, em Mala Strana? 
Lição de casa mal feita! Devíamos ter estudado a questão antes da chegada... Mas contávamos com o wifi do ônibus para isso. 
Estudando o mapa do metrô, vimos algo que nos pareceu ser a Ponte Carlos. E o hotel ficava nas imediações da dita cuja. Fomos!
Mas quem disse que aquilo que lemos naquela escrita estranha era mesmo "Ponte Carlos"?
Não era! E tivemos que arrastar a mala por uma longa calçada em obras até a beira do rio, atravessar uma ponte que não era a Carlos e caminhar meio a esmo por algumas ruas até chegar ao ponto que o mapa (que tínhamos traçado no Ipod) indicava como sendo a rua Ùjezd, 24. Chegamos!
Surpresa! O recepcionista nos pediu milhões de desculpas, pois por algum erro o quarto que nos esperava era muitíssimo pequeno. Dormiríamos ali naquela noite e no dia seguinte mudaríamos para um maior, conforme nossa reserva. Como compensação, havia uma garrafa de vinho para nós no quartinho e ainda ganhamos vouchers para um drink no bar do hotel. E tudo correu como nos foi dito. Chegamos até a lamentar a mudança... O quarto pequeno era muito mais charmoso, novinho. Mas era mesmo diminuto. Ficava no último andar e tinha o teto inclinado. Demos umas boas cabeçadas nele naquela única noite em que ali estivemos.
A cidade... bem, é linda! Mas ainda estaria lotada se tivesse a metade dos turistas que tinha naqueles três dias.
As nuvens esconderam a belíssima lua cheia que se anunciava nos dias anteriores e lá se foi nosso sonho de vê-la refletida no Vltava.
Já na primeira manhã, compramos ingressos para o teatro negro no Fantastika, concerto na igreja de St. Nicholas e mais um concerto no belo teatro municipal (que afinal não aconteceu no salão principal, mas numa sala menor).
Passamos pelo belo relógio astrológico inúmeras vezes e sempre paramos para olhar os apóstolos que aparecem nas janelinhas acima dele, para ver e ouvir o sino tocado pela caveira que está ao seu lado direito e para curtir o som do corneteiro no alto da torre.
Lerês? Fizemos todos! Passamos pela Ponte Carlos várias vezes - manhã, tarde e noite - olhando, tocando e fotografando as estátuas.
Subimos com o bonde 22, que passava em frente ao hotel, até o ponto mais alto do complexo do castelo, no Loreto. Pagamos a permissão para fotos quase no mesmo valor das entradas ao convento. Mas valeu! 
Vimos a troca da guarda no castelo e fomos descendo sem comprar o tal ingresso conjugado que daria direito a várias combinações de visitas.
Entramos na Catedral de São Vito apenas na parte reservada aos não-pagantes e chegamos à entrada da Golden Lane, onde há a casa onde viveu Kafka, lamentando não ter comprado o tal ticket. Conclusão: voltamos no dia seguinte, compramos o bilhete e saímos visitando Catedral de São Vito, castelo, igreja de São Jorge e Golden Lane.
Fomos ao bairro judeu e visitamos as sinagogas incluídas num ticket também conjugado. Pagamos licença pra fotos no cemitério judeu e achamos tudo meio sem graça por ali.
Comemos nas barraquinhas da Staromestské nám - a praça da cidade antiga - e adoramos. 
Nos perdemos pelas ruelas da cidade.
Fomos à igreja do Menino Jesus de Praga, que ficava na mesma rua do nosso hotel.
Subimos de funicular ao bairro de Petrín, onde está uma mini torre eiffel, e visitamos seus lindos jardins.
E partimos três dias depois, rumo a Portugal.
Para chegar ao aeroporto, usamos os serviços da Prague Airport Transfers, mais uma indicação certeira do Ricardo Freire nesse post aqui. Reservamos por e-mail. Tivemos a confirmação rapidamente e fomos de Mercedes para o aeroporto pagando 550 coroas tchecas, ou seja, 23 euros, e um motorista bem simpático.
Praga merece uma volta, sim. De preferência numa época mais tranquila.
Fotos... temos!
As da Ana estão aqui
E as minhas, aqui.

sábado, julho 23, 2011

A Budapeste do Chico

Francisco Guedes é um apaixonado pela Hungria. 
Nós nos conhecemos apenas pelo twitter e pelo facebook, mas parece que somos velhos amigos.
Quando ele soube que iríamos a Budapeste, foi logo mandando um montão de dicas preciosíssimas.
Com autorização do Chico, transcrevo tudo aqui e convido os leitores a darem uma olhadinha no blog dele, o HungriaMania.

Aí vão as informações do nosso amigo:
Querida Ana, 
Tou aqui administrando a inveja ótima de vocês que daqui a uma semana estarão apreciando a beleza que os homens criaram na mais suave e linda curva do Duna (Danúbio, em magiar).

Como eu já disse, ficando na Erzsébet tér /érjêêbét têêr/ (com erre meio de caipira, rolado) vocês estarão num lugar privilegiadíssimo para explorarem a cidade e, se gostam de caminhar como eu, fazerem a maioria das coisas a pé.

Tenho uma história muito especial com essa praça, porque foi aí que botei os pés em Peste pela primeira vez, que em julho de 98 aí ficava a estação de ônibus internacionais (eu vim de Londres de bus, loucura que só se faz uma vez). Hoje ela está reformadíssima, linda, com espelho d'água e tudo, e aí mesmo, na praça tem um bar-café super famoso, grandes "degraus" praça abaixo, que bombava no verão de 2008, última vez que estive aí, com música ao vivo, teatro e galeria lá em baixo.

1. Buda Hill, Castle, Matthias Church, Fishermen's Bastion: assim que chegarem e pegarem um mapa (se já não têm um) vão ver que estão a só 3 ou 4 quadras do Danúbio: e nessa direção podem fazer logo o passeio que é o must básico: atravessar a Ponte das Correntes (Lánchíd /láánts hííd/) e subir o Monte do Castelo, em Buda, passeando do próprio castelo até a Igreja Matias e o Belvedere dos Pescadores, adjacente. Vai estar lotado de turistas, mas é lindo mesmo e, aproveitando pra ir cedo da manhã talvez vocês evitem o rush mais intenso. Há um elevador logo do outro lado da ponte, que leva ao Castelo, mas eu sempre preferi tomar a estrada de paralelepípedo à esquerda, que vai subindo agradavelmente em zig-zag e não custa nada nem tem fila. Se forem cedo e as filas não estiverem muito grandes, vale a pena pagar para entrar na Mátyás Templom e ver os afrescos estilo secessão, o art nouveau centroeuropeu, resultado de uma restauração no final do século XIX.

2. Passeio ao cair da noite: há um passeio bem gostoso de fazer ao longo do rio do lado de cá (Peste, onde fica o hotel) no cair da noite, quando as luzes do Castelo e da Lánchíd (ponte) se acendem do outro lado. Mas eu evitaria os restaurantes que ficam nessa área, parte dos hotéis internacionais beira-rio, porque são tourist traps com preços inflacionadíssimos. Esse passeio é povoado aqui e alí, como não podia deixar de ser, por hookers de ambos os sexos procurando descolar uns euros. Faz parte da cena.

3. Confeitaria Gerbaud: pertíssimo do hotel também, ainda na direção do Duna (podem até passar aí já na ida para o Castelo, para fazer um reconhecimento) fica a Praça Vörösmarty /Vöröshmórti/, nome do grande poeta e dramaturgo do séc XIX cuja estátua está no meio da praça. Aí está a famosa Confeitaria Gerbaud, que vale a pena conferir, visitar por dentro, descer aos banheiros, e até comer uma sobremesa a bit overpriced, for the fun of it.

3. Mercado Central: partindo da mesma praça há uma rua de pedestres, a Váci utca /Váátsi utssa/ (utca é rua), que é outro proverbial tourist trap, mas que descida até o final (não é longa), atravessando uma praça e a aveninda, há um lugar imperdível, o belo e grande Central Market Hall,o melhor lugar pra conhecer tudo que a Hungria produz de bom em comidas e bebidas. Vale uma boa hora batendo perna e perguntando sobre os goodies. No andar de cima tem também artesanato e uma área onde se pode almoçar comidas, sopas e outros quitutes em locais informais e de preços legais. E bom ir pela manhã até hora de almoço, que ele costuma fechar de tarde cedo.

4. Andrássy út / avenue /ondrááshi/, Operaház, Eklektika, Bookshops, Mensa Restaurant, etc. Saindo da praça do hotel na direção oposta, procurem no mapa a Andrassy Út, a grande aveninda que os húngaros abriram para celebrar os mil anos da chegada deles à bacia carpática, que eles comemoraram no final do séc XIX. Andando uns 300m, do lado esquerdo, vão dar na Budapest Operaház, um dos prédios mais importantes da história da arquitetura húngara, que vale a pena conhecer, se tiverem tempo. Há tours guiados. Morro de amores porque acho que vi aí mais óperas aí em um ano do que em qualquer outra época igual da minha vida. Do fim dos anos 90 para cá os preços subiram muito, helás.

5. Eklektika: uma quadra depois da ópera, ainda à esquerda, vocês dão numa rua que começa larga, chamada Nagymező /nódjmézöö/ (significa Campo Grande), onde ficam 3 ou 4 teatros de operetta e alguns cafés e restaurantes. Entrando à esquerda, passando por esses teatros, quando a rua já vai estreitar, vocês vão dar no Eklektika, sobre o qual já te falei no twitter. Enjoy it!

6. Bookshops: Voltando à Andrássy, numa esquina em diagonal tem uma filial da Alexandra Bookshop que tem um café simpático dentro. Mas seguindo adiante, agora, no lado direito da avenida, portanto, vocês vão dar, na esquina seguinte, na Könyvesbolt, a Loja do livreiro, a livraria mais cult da cidade, apesar de pequena, onde rolam encontros, palestras de autores e leituras de poesia durante todo o ano. Eles têm também uma ótima seleção de literatura húngara em outras línguas, além de cds e dvds legais. Vale a pena uma entrada nem que seja só pra sentir o clima. Nesse lugar funcionou nos tempos áureos, até a virada dos séculos XIX e XX o famoso Japán Kavéház, um dos mais famosos dos 700 !!  cafés que Budapeste tinha em 1900, ponto de encontro de escritores, poetas e boêmios famosos.

7. Menza Restaurant: a porta de saída da livraria acima dá na praça Lizst Ferenc, uma praça comprida que é qualhada de cafés e restaurantes bacanas mas um pouco "fashionable" demais, surgidos nos últimos 10 anos, e que atendem turistas e gente local endinheirada who want to see and to be seen, basicamente. MASSS, há aí mesmo, no final da  mesma quadra da livraria, há o MENZA, que tem uma decoração retrô original que é um charme, e o cardápio variável sempre tem umas leves /lévésh/ (sopas) ótimas. Agora, sendo verão, e muito provavelmente quente pacas, se for de dia, vale a pena, quem sabe, provar uma gyümölcsleves, uma sopa fria de frutas com yogurte, que é uma experiência gastronômica bem específica da Hungria.  

Seguem mais dicas em breve.
beijos
Chico

Ana, 
Tinha feito essas anotações no word dias atrás e acabei não te mandando.
Mas agora li teu lindo post sobre o diário da sua avó, e vendo ela falar de quitutes, bolinhos etc., me lembrei de te mandar.

As 3 coisas que eu mais adoro na cozinha húngara são, strudel de cereja azeda (meggyes rétes), sopa de cogumelos (gombaleves), e....thchan tchan tchan... POGACSA, e é dela que o texto trata: (no final tem umas obs sobre pronúncia, só pra se alguma de vcs tiverem curiosidade).

Pogacsa /pôgótcho/ espécie de bolinho salgado de massa semi-folhada que é uma maldição de bom (quando bem feito). A fonte mais garantida são as fornerias ‘Princess’, que existem na entrada de várias estações de metrô. 

Na Hungria eles medem peso de comida em ‘deka’, 10 gramas, assim 20 deka = a 200 gramas. Sugiro que, pra provar, vocês peçam:
10 ou 20 deka da sajtos (de queijo, as básicas) e outro tanto de spénotos(recheadas com creme de espinafre, de morrer!). Talvez seja melhor levar por escrito, há enorme possibilidade das vendedoras não entenderem inglês. Mas se quiserem arriscar pedir, a pronúncia é:
20 deka sajtos /húúss dékó shóitosh/ e /húúss dékó shpêênotosh/. Se for 10 é tíz /tííz/.

Antes de pedir qualquer coisa, a fórmula polida, que abre todas as portas é:
Kérek szépen /kêêrék sêêpen/ se vc estiver sozinha, e kérünk szépen/kêêrünk sêêpen/ se estiver com mais alguém, e significa basicamente: peço/pedimos gentilmente, que é a única forma de please que eles têm.

Pra agradecer, mesma coisa, depende de se quem agradece está só ou acompanhado:
Sozinha/o: Köszönöm szépen /kössönöm sêêpen/; acompanhada/o:Köszönjük /kössöniük/ (o ‘szépen’ aumenta o grau da gentileza, quer dizer literalmente “belamente/bonitamente”).

OBS sobre pronúncia: 
Quando eu coloco duas vogais juntas na transcrição, é que se trata de uma vogal mais longa, e isso muitas vezes é fundamental para compreensão deles.

Importante: TODAS as palavras em húngaro são acentuadas na primeira sílaba. É uma espécie de francês às avessas, rsrs. Sílaba longa não significa, portanto, sílaba acentuada, a não ser que esteja no início da palavra, como é o caso em “kérek szépen”.

Pra descomplicar a leitura de qualquer coisa é bom saber também que:
SZ é uma letra só, com som de nosso S de sabão, sempre.
S lá tem som de ch em chave, ou o x em xadrez. Daí sajtos ficar /shóitosh/.
ZS é também uma letra só, mas com som de J de juízo, ou G de gente, sempre (por isso seu hotel é na praça /érjêêbet/ Erzsébet tér.
E = ao nosso É, curto, enquanto É = ÊÊ, fechado mas longo.
A = um a bem fechado e curto, quase nosso Ó, enquanto Á = a um ÁÁ, longo e bem aberto.
Os Üs e Ös são pronunciados como o U francês, e o EU francês de ‘feu’, com “biquinho”, e têm também suas equivalentes longas Ő e Ű, com ”aspinhas” em cima.

beijos
Chico 

terça-feira, julho 19, 2011

Umas com tanto, outras com nada

Faz uns dias que está rolando uma blogagem coletiva entre meus amigos internáuticos.
Quem iniciou foi a Claudia, do blog Aprendiz de Viajante
A coisa funciona como uma... corrente. 
Mas, calma, é uma corrente do bem! 
Cada blogueiro convidado deve escrever um post citando 7 links do seu próprio blog e convidar mais 7 blogueiros.
As regras estão aqui.
Fui convidada por três amigos: 
Com tantos convites assim, não poderia deixar de participar, né?
Então aí vão meus 7 links:

1 - O post mais bonito
Como disseram os meus amigos... Difícil escolher o mais bonito!
Fico com esse que, se não é o mais bonito, mostra uma das coisas que mais curto na natureza:


2 - O post mais popular
Eu gostei de escrever esse post.
Nele conto um pouco sobre a viagem a Bariloche e encerro com uma descrição passo a passo do Cruce de Lagos entre Argentina e Chile.
Pra ficar mais didático, inventei de colocar ilustrações dos meios de transporte usados nesse cruce. Ficou engraçadinho...
Mas eu nunca imaginei que ele fosse fazer tanto sucesso.
Na verdade, essa popularidade tem um nome: Ricardo Freire!
Pois é, ele viu o post, gostou e divulgou no seu Viaje na viagem. Resultado: mais de 1700 acessos!

3 - O post que gerou mais discussão/controvérsia
Nem precisei pensar:
Contei minha experiência com uma agência de viagens virtual e recebi os mais diferentes tipos de comentários. Desde apoio incondicional dos amigos até ataque de gente de quem eu nunca tinha ouvido falar.

4 - O post que ajudou/ajuda mais gente
Difícil saber o alcance de um post em termos de utilidade pública. Mas, a julgar pelos comentários recebidos no blog, no Twitter e no Facebook, acredito que esse
ajudou e ainda ajuda muita gente.
Eu mesma sempre volto a ele quando quero relembrar algumas coisinhas sobre meu plano na TIM.

5 - O post cujo sucesso te surpreendeu
Taí um post que escrevi sem nenhuma expectativa. E não é que ele teve quase mil acessos!

6 - O post que não recebeu a atenção que deveria
Como o post tem um monte de dicas pra quem, como eu, conhece pouco a Cidade Maravilhosa, eu esperava mais visitas.

7 - O post do qual você tem mais orgulho
São muitos, mas eu gosto deste em especial:
Por quê?  Bem, porque tive que pesquisar bastante pra escrevê-lo. E também porque tem relação com a obra do meu ídolo musical, Chico César, que me "emprestou" até o nome pro blog.

Pra continuar a corrente "Meus 7 links", indico:





sábado, julho 16, 2011

Budapeste, eu gostei!

Chegamos a Budapeste num ônibus da Orange Ways, que nos deixou num cruzamento entre duas avenidas grandes, embaixo de um viaduto, na frente de um estádio e na boca de uma escadaria. Baita recepção, hein!
Na vibe do “Maria vai com as outras”, descemos a tal escadaria. Ela levava a uma estação conjugada de algo que não sei o que era e metrô.
Informação em inglês, nenhuma.  Tudo escrito naquela língua cheia de acentos. Pelo mapa vimos que a linha azul que passava por ali nos levaria até perto do hotel reservado.  Ô sorte!
Deciframos as informações do metrô baseadas em algumas leituras anteriores e acabamos comprando com cartão de crédito – não, não tínhamos forints -  um bloquinho de 10 bilhetes  válidos para metrô, ônibus, bonde e trem.
Descemos na estação Deák Ferenc, onde Nossa Senhora da Escada Rolante nos abençoou com suas graças. Sim, carregávamos a bagagem!
Quase chegando à saída, vimos a primeira palavra em inglês: EXIT. Hã hã!
E saindo à rua, lá estava, bem à nossa frente, o Le Méridien. Ufa!
E como prêmio por ter cumprido todas as tarefas dessa difícil gincana, Budapeste decidiu nos encantar, mostrando toda a sua beleza.
Verdade, gente! Amamos Budapeste!
O Le Méridien foi a extravagância da viagem. Sempre fazemos uma...
Confortável e bem localizado. Serviço correto , mas sem exageros. Internet a cabo nos quartos e wi fi lenta no bar. Pagando à parte, havia wi fi no quarto. Nada de abertura de cama e frescurinhas que tais. Quarto espaçoso, limpo. Cafeteira com café solúvel Segafredo. Gostamos!
Já no primeiro pôr de sol, o Danúbio nos conquistou. De Peste, onde estávamos, víamos as cores do poente em Buda. Atravessamos a Ponte das Correntes, subimos com o funicular e fomos ver os últimos tons iluminados do alto de Buda, nos jardins do castelo.  Uma belezura!

Nos outros dois dias em que estivemos na cidade, cumprimos quase todos os lerês. E acreditem, nenhum deles nos pesou.
Vimos a Igreja de Mathias e o Bastião dos Pescadores. Andamos de bonde pelas margens do Danúbio. Visitamos a Basílica de Santo Estevão, com direito a subir por elevador até uma das torres. Fomos a duas sinagogas. Passeamos pelo mercado.  Cruzamos três das dez pontes da cidade: a Széchenyi Lánchíd (Ponte das Correntes), a Erzsébet (Ponte Elizabete) e a Szabadság (Ponte da Liberdade). Comemos vários tipos de  pogácsa da Princess, sugestão do Chico.  Aliás, o Chico nos indicou um montão de coisas boas em Budapeste. Um dia desses vou pedir autorização pra transcrever aqui  todas as dicas que ele nos deu.
Fomos duas vezes ao restaurante Menza - indicado pelo Chico e também pela Patrícia do Turomaquia - ao Eklektika Café e ao Dunacorso.  Nos esbaldamos nas tortas da Gerbeaud. Experimentamos dois banhos, o Gellért e o Rudas (conto depois,tim tim por tim tim sobre eles).  E tomamos sorvetes deliciosos numa sorveria pertinho da Basílica de Santo Estevão. Olha o capricho:

Eu disse que nenhum lerê de Budapeste nos pesou, mas agora me lembrei de um que realmente mereceu o nome de lerê: a Praça dos Heróis. Essa a gente poderia ter passado sem medo de ir para o inferno!
Budapeste é cidade pra voltar sempre que possível. E voltaremos!

quinta-feira, julho 14, 2011

Viena, eu fui!

Jardins do Belvedere
Escolhemos Viena para começar nosso pequeno périplo pelo leste europeu porque das três cidades que pretendíamos visitar – Viena,  Budapeste e Praga – aquela era a que tinha o vôo mais barato a partir de Madri.
E assim chegamos a Viena por um voo da Niki, parceira da Air Berlin. Viagem boa, embora o avião fosse um pouquinho apertado.
O aeroporto de Viena nos surpreendeu: tem rede de wi fi grátis e boa. Coisa rara! 
Como chegamos tarde da noite, ficamos no NH Vienna Airport, hotel que é mesmo uma mão na roda pra quem tá chegando a Viena pelo ar. É só sair do terminal e atravessar a rua. Pronto! Barulho? Nenhum!
Já o serviço do hotel não é lá essas coisas. Por exemplo: pedimos um travesseiro a mais e não nos foi concedido... Internet, só 30 minutos grátis, no check in.
No dia seguinte, zarpamos para a cidade. Um ônibus saindo do aeroporto nos deixou na Westbanhof, bem pertinho do nosso hotel, o Ibis Mariahilf.
Conseguimos um early check in, nos instalamos e saímos pra turistear.
Sabíamos que o Ibis ficava longe do centro, mas não tanto...
Ainda no aeroporto, tínhamos comprado tickets de transporte ilimitado por 72 horas. Assim, a distância não foi problema. Usamos e abusamos dos trens, metrô e bondes. E o melhor: não precisa ficar passando o bilhete a cada entrada. É só validar na primeira viagem e sair usando. Eu gostei!
No primeiro dia de passeios vienenses, passamos pelo Museum Quartier, comemos cachorro quente na barraquinha da Bitzinger's Würstelstand e torta Sacher no Café Sacher. Visitamos a Catedral de Santo Estevão, com direito a andar pela cripta e subir na torre e fomos girar na roda gigante do Riesenrad.
Pra ver o Danúbio, pegamos um trem até  Florisdorf e passamos sobre o rio na ida e na volta. Era hora do pôr do sol.
Mais um dia começou. Dia de ir ao Belvedere, ver Klimt e apreciar os lindos jardins. Olha aí no início do post pra ver que estou falando a verdade. Parecem tapetes!
Como experimentar o schnitzel era lerê obrigatório, enfrentamos a fila do Figlmüller e tivemos nossa experiência vienense com um schnitzel de peito de frango. Bom, mas não espetacular.
A melhor parte do dia aconteceu na praça em frente à Prefeitura da cidade. Dica da Mari Campos e da Marcie: concerto ao cair da noite. Uma delícia. Muita gente. Uma montagem bem contemporânea da ópera Fidélio, de Beethoven, no telão e barraquinhas de comida de diversos países. Parecia a Festa das Nações, aquela festa antiguinha da nossa infância, na escola. Quem lembra?
No último dia, mais museus. Fomos ao Leopold e ao Albertina. Mais Klimt,  Schiele, Monet, Picasso e outros. Repetimos o hot dog com cerveja no Bitzinger's Würstelstand e, depois de consultar os oráculos – amigos do Twitter – decidimos ir ao lerê maior: o Schönbrunn, um dos palácios da família real.
O dia tinha sido dos mais quentes. Nosso (pouco) interesse no palácio era pelos jardins, já que interiores palacianos não fazem a nossa cabeça... No dia anterior tínhamos pulado o Hofburg da Sissi.
Chegamos ao Schönbrunn perto das 5 da tarde, com o sol ainda a pino. O último trenzinho que percorre os jardins reais já havia partido.
O fiacre coletivo que também leva a um passeio pelas alamedas externas estava para sair com a lotação esgotada. E o caminho para pedestres não era fácil.
Decidimos esperar a volta do fiacre. O condutor nos informou que retornaria em 30 minutos e faria mais uma viagem se houvesse bom número de interessados.
Rolou!
Demos uma volta pelos jardins e constatamos que, para nós, a única vantagem foi ganhar ponto positivo no boletim de lerês, como bem disse nossa amiga Flávia.
Devo dizer que o atendimento no Ibis também não foi dos mais corteses. Percebemos que à noite o ar condicionado não funcionava. Chamamos a portaria pedindo para ligar e recebemos a sugestão de abrir a janela... Em seguida, nos ofereceram um ventilador. E pensar que nosso critério para escolha de hotéis começava com o item ar condicionado!
Na verdade, parece que atendimento não é o forte dos comerciantes vienenses. Além dos dois episódios nos hotéis, também fomos tratadas com pouca cortesia pelo garçon do Figlmüller.
Informação em inglês também foi coisa difícil por lá.
De bom no Ibis Mariahilf houve a internet grátis e a vista da janela; Olha aí:
E assim, Viena, para nós, entrou na mesma categoria em que a Marcie a coloca, segundo sua declaração no Twitter: “Vi, está visto. Não preciso voltar".

quarta-feira, julho 06, 2011

A caminho de Viena

Se em Madri fizemos a linha flâneur, os próximos dias prometem comportamento totalmente contrário.
Lá, pudemos nos dar ao luxo de andar a esmo revendo lugares, visitando uma única exposição temporária, conferindo a reabertura do já conhecido Mercado de San Miguel e descobrindo uma ou outra coisa pelas dicas de amigos, como os deliciosos biscoitinhos da La Cure Gourmand que a Paty do Turomaquia nos indicou.
Agora a coisa muda de figura. Quando sairmos desse Airbus A320 da Niki, de onde escrevo, estaremos numa cidade completamente nova para nós: Viena.
Como chegaremos de noitão, reservamos para essa noite um hotel quase dentro do aeroporto, o NH Vienna Airport.
Amanhã nos mudamos para o Ibis Wien Mariahilf e começamos nossas aventuras vienenses.
Acabou a folga! Como bem diz meu pai: turismo é ação!

Cadê o urso que estava aqui?

E depois da longa viagem narrada em post anterior, chegamos à quente Madri.
Eu já disse uma vez aqui que Madri é como se fosse a nossa casa na Europa. Sempre que possível, escolhemos chegar por ali. O aeroporto é fácil de dominar. Há metrô pra qualquer canto da cidade. Uma beleza!
Temos também nosso hostal cativo, o Sonsoles, na Fuencarral, em plena Chueca, bairro descolado da Madri. Foram tantas as vezes que nos hospedamos ali, que já somos quase amigas do dono... E ser amiga dos sisudos espanhóis, convenhamos, não é arte fácil.
Nesses anos todos - dez - de visitas ao bairro, assistimos à evolução de Chueca e, principalmente, da rua Fuencarral. O que antes era um bairro degradado, reduto gay quase marginal, hoje é point de belas lojas das mais famosas grifes. A rua foi até convertida em calçadão para facilitar as andanças dos consumidores. É tanta gente bonita sassaricando que até parece uma festa.
O bom de estar numa cidade já conhecida é não ter nenhum compromisso de se entregar aos lerês (passeios turísticos obrigatórios, segundo @riqfreire). É só flanar pela cidade, revendo os lugares prediletos: uma lojinha aqui, um restaurante ali, uma praça acolá... uma delícia.
E foi nesse vai-e-vem que notamos a falta dele! O urso! Aquele que sempre esteve ali na Calle del Carmen com Sol. Aquele que, impassível, se deixava fotografar ao lado, em cima, embaixo de todo e qualquer turista. Aquele que já se havia convertido em um símbolo da cidade, reproduzido ad eternum em postais, chaveiros, ímãs, bibelôs...
Cadê? Cadê o urso que estava aqui?
(Escrevo esse post no avião, a caminho de Viena. O texto irá ao ar assim que encontrarmos uma rede de internet. Quando tiver um tempinho, ainda durante a viagem, vou inserir aqui a foto que Ana tirou do ponto onde "morava" o nosso urso.)

(E chegando em casa, vou procurar escanear minha primeira lembrança do dito cujo: uma foto que meu amigo Miguel tirou do bichinho mostrando também o nome da rua, que, afinal, é também o meu nome: Carmen!)
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Mistério desvendado: Olha onde está o danadinho: aqui!
A prometida foto, aquela, a primeira com que Miguel me presenteou, não está onde eu pensava estar. Vou ter que procurar mais.
Por enquanto, fiquem com essa, do inverno de 2009, com Charlotte  ao pé, toda agasalhada.

(atualizado em 17/08/2011)

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Bem, o urso já está definitivamente entronizado em plena Plaza del Sol, como se viu na atualização acima.
Só faltava mesmo que eu cumprisse a promessa de colocar aqui a foto que marcou o início de minhas relações com "El oso y el madroño".
Aí está ela! Acho que foi clicada em 1991. Miguel, o autor, poderá me corrigir, caso eu esteja enganada.
(atualizado em 18/08/2011)

segunda-feira, julho 04, 2011

Madri, estamos quase chegando!

A viagem foi longa.
Começou com a van do Diners entre o Maksoud Hotel e aeroporto de Guarulhos.
Depois, um 737 da Aerolíneas Argentinas até Buenos Aires, Aeroparque.
Lá, filas e mais filas até chegar ao ônibus que nos levou a Ezeiza, um oferecimento da Aerolíneas.
Com uma hora de atraso, decolamos num 747-400 meio velhinho mas confortável rumo a Madri.
O medo de que as cinzas do vulcão chileno interferissem na viagem foi infundado. Ele se comportou como um lorde.
Estamos chegando e a previsão do tempo promete uma temperatura de 30 graus.
Os próximos dias serão de pura aventura. Oba!