Unindo o agradável ao mais agradável ainda, fomos passar um fim de semana desse julho sem férias em Mariana.
O esquema foi o de sempre: voo até Confins, carro alugado, peregrinação pelas estradas e anel viário da capital mineira até chegar às montanhas.
No caminho, uma paradinha pra descansar, trocar de motorista - eu detesto dirigir em estradas com muitas curvas - e conhecer o Jeca Tatu, um boteco pra lá de interessante às margens da BR 356.
Imaginem um lugar abarrotado de antiguidades, capitaneadas por quantidades industriais de discos de vinil e mais um pãozinhno queijo, um pastel de angu, um cafezinho... Bom!
A Pousada da Serrinha, escolhida entre o que estava disponível - era tempo de Festival de Inverno na região - e reservada com antecedência, mostrou-se agradável. Quarto de bom tamanho, banheiro bom com chuveiro quentinho, um barulhinho de água no fundo do quintal, uma ameixeira na janela, café da manhã bonzinho, wi-fi grátis e atendimento simpático.
À noite, em Mariana, show de Chico César, um dos motivos para a escolha desse destino.
O show foi muito bom, apesar da rouquidão do artista. Fica aí um pedacinho pra quem quiser conferir: Folia de Príncipe, música que ele compôs nos anos 90 quando passou uma temporada na região e fez show no Teatro Municipal de Ouro Preto.
Dia seguinte, pé na estrada até Itabirito, pra conhecer a Mercearia Paraopeba. Fomos lá e conferimos tim tim por tim tim cada canto do estabelecimento do Seu José Augusto, apelidado de Seu Juca, e do Roninho. Compramos um monte de coisinhas, comemos, tomamos uma cachacinha, tiramos fotos. A casa estava cheia. Uma festa!
O final do sábado foi em Ouro Preto, com esse lindo pôr de sol fotografado do pátio da Igreja de N.S. do Carmo.
No domingo, um programa já conhecido: concerto de órgão na Sé de Mariana.Os ingressos custam 15, 22 ou 30 reais, dependendo do seu interesse em colaborar mais - ou menos - com o projeto. É preciso chegar um pouquinho antes.
No programa daquele domingo, G. Böhm, G. P. Cima, F. Veracini, B. Storace, Albinoni e Walther, executados por Josinéia Godinho no belo órgão Arp Schnitger e no cravo e por André Cavazotti no violino.
À tarde, uma visitinha à cachoeira do Brumado, num distrito a 17km de Mariana, que tem o nome de Cachoeira do Brumado. Lugar lindo, degradado pela "criatividade" humana. Vejam só! Pra sorte de vocês, foto não tem som...
E o domingo terminou com uma bela lua cheia visível da janela do nosso quarto. Precisava mais?
Precisar não precisava, mas tem uma coisinha que ainda pega pra nós nessa região: a comida.
É claro que há bons restaurantes e lugarzinhos gostosos pra um café ou um lanchinho por ali. Mas ainda não descobrimos aquele - ou aqueles - que fazem a nossa cabeça... ou o nosso estômago. Numa próxima viagem, quero estudar isso antes de ir. E tô aceitando sugestões.
As fotos que ilustram esse post são de Ana Maria.
Há outras, minhas, nesse albunzinho.
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PS1. Acabo de ler no De tudo vai rolar, um relato com fotos e filme do show de Chico em Mariana.
PS2. Ana fez um álbum com suas belas fotos da viagem. Está aqui!
PS3. Ana escreveu dois posts sobre a viagem no seu Psiulândia: