quarta-feira, agosto 09, 2006

Dois minutos de fama

Encontrar uma palheta na carteira de uma fã é quase como encontrar uma agulha num palheiro. É mesmo tarefa de gincana.
E a equipe vencedora, claro, merece seu prêmio.
No caso daquela gincana portenha - Em busca da palheta ausente - houve mais de um prêmio.
  • O primeiro veio em forma de conhecimento.
    Enquanto eu, a chefe da equipe vencedora, debulhava minha carteira em busca da tal palheta, Chico perguntava ao público como se chamava aquele objeto em terras argentinas. E todos enriquecemos nosso conhecimentos ao saber que ali, palheta é pua.

  • O próximo prêmio foi o que deu nome a esse texto: dois minutos de fama.
    Com a palheta em mãos, Chico contou ao público um pouco de nossa carreira de fãs "perseguidoras". Disse que íamos a muitos de seus shows em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Milão e até em Tambaba... Como a maioria das pessoas ali presentes provavelmente não sabia nada sobre Tambaba, Chico contou sobre sua festa de 40 anos na praia de nudismo e sobre sua surpresa ao nos ver por lá.
    Bem, é possível imaginar que todos os olhos daquela platéia se cravaram em nós naquele momento. Foi aí que nos sentimos no degrau mais alto do pódio.
    Pra quem não sabe ou quer recordar, aqui vai o link da narrativa desse episódio:

    • Mas a premiação não parou por aí. Depois da fama veio o delírio: antes de começar a tocar com a famosa palheta - ou seria pua? - Chico deu um beijinho nela. E só depois de todo esse trelelé foi que ouvimos os primeiros acordes de Por causa de um ingresso do festival matou roqueira de 15 anos.
    Observem a foto atentamente:
    Eu sei que será difícil acreditar, mas aí estão Chico e a palheta.
    Já contei essa história a alguns amigos antes de postá-la aqui. Depois dos risos e comentários, a pergunta:
    • Ele devolveu a palheta?
    Devolveu, sim!
    No final do show, antes de deixar o palco, Chico pegou a palheta da estante, onde a havia guardado depois de usá-la, e a devolveu agradecido.
    Gracinha esse meu ídolo catolaico!

    3 comentários:

    1. Que delicia este show que vc compartilhou com a gente!! A história da Pua foi hilária!!! Projeto minha vida inspirado na de vcs!! ainda preciso trabalhar muito e isso é bom, o mais dificil é encontrar uma compania tão afinada como vcs são!! Quem sabe um dia!!!! umbejãodojão

      ResponderExcluir
    2. Depois dessa vou andar sempre com uma palheta na bolsa! "quem tem uma 'pua'que saia a procurar / é um contentamente..."rs
      Mas sabe que alguém muito especial também já me pediu uma palheta!?
      Foi a Lelena Anhaia na festa da Nova Dança...rs...e quem não tem "pua" caça com tampinha de refregerante!! É verdade, no mesmo instante que a nossa querida contrabaixista perguntou se eu tinha uma palheta, olhei pro chão e vi uma tampinha de metal. Peguei e perguntei se servia. Risos..ela respondeu-me que pra bom violonista não tem isso! rs Caiu na mão como uma luva e o amigo dela segurou a onda da festa junina no Nova Dança! Vou já espeiar no site do Danton se tem algum registro heeeh
      ADOREI A HISTÓRIA DE VOCÊS!!!
      Ah, e tem mais...nessas perceguições ao Chico, duas amigas minhas já viram vocês em Jampa. Calma, não é outro país..rs...é como chamo carinhosamente João Pessoa, assim como meu neguim da Paraíba.

      ResponderExcluir
    3. Carmem, este show foi realmente especial. Inclusive para o Chico e os meninos do Quinteto. Na penúltima vez que conversei com eles ainda haviam muitos comentários e suspiros no ar. O Chico falou desde o início de carreira que não sentia algo tão forte. Algo que o fez refletir sobre sua vida e a música. Pude ver o Chico mais sensível. E ele tinha cada detalhe na memória, falou de vcs e eu quiz ter um treco! Como vc consegue! Vc estava neste belíssimo show! Lembrou que teve que contar sobre Tambaba... Também contou sobre o final, os meninos tocando Piazolla.
      Fiquei muito feliz e cada vez mais encantada com o aprimoramento deste show, fico emocionada. Fico imaginando o que foi Buenos Aires.

      ResponderExcluir